A exposição instalada no centro de ciências, Sabina – Escola Parque do Conhecimento, oferece uma experiência sensorial e inclusiva, conectando a arte, a ciência e a perspectiva dos estudantes, desafiando as normas e promovendo a acessibilidade.

Acervo pessoal IPRODESC

A união entre arte e ciência ganha vida na Sabina – Escola Parque do Conhecimento, através do emocionante projeto “Fazendo Arte na Sabina”, uma colaboração entre o IPRODESC, a Secretaria Municipal de Educação de Santo André e o Departamento de Educação Inclusiva do município.
Com o intuito de mergulhar no universo da arte enquanto exploram o conhecimento científico, alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos, que frequentam as salas de recursos multifuncionais da Rede Municipal de Ensino de Santo André, são cativados por essa experiência única.

Produzida pela equipe do Instituto IPRODESC, liderada por Carlos Vianna, coordenador científico, e Marília Rios, supervisora de acessibilidade, os estudantes têm a oportunidade de percorrer a Sala da Vida, o Piso de Ciência e Tecnologia e a Sala da Terra. Nestes espaços, cada um deles foi convidado a explorar, experenciar e sentir experimentos, bem como conhecer e observar os animais que habitam o espaço, tudo registrado através de fotografias, criando um mapa visual do centro de ciências, a partir da perspectiva dos alunos com deficiência.

A exposição busca não apenas montar esse retrato da Sabina conforme a percepção dos estudantes, mas também estabelecer um diálogo afetivo e dinâmico entre as fotografias e o espaço físico da instituição.

A disposição das imagens no espaço expositivo cria narrativas visuais, que segundo Carlos Vianna, seguem a ideia proposta pelos situacionistas: “As grandes cidades são favoráveis à distração que chamamos de deriva. A deriva é uma técnica do andar sem rumo. Ela se mistura à influência do cenário. Todas as casas são belas. A arquitetura deve tornar-se apaixonante. Nós não saberíamos considerar tipos de construção menores. (…) A valorização dos lazeres não é uma brincadeira. Nós insistimos que é preciso inventar novos jogos”.

O objetivo da exposição é desviar-se das rotas convencionais de visita à Sabina e oferecer novas perspectivas, narrativas e olhares, todos criados pelos estudantes. O projeto de acessibilidade também desempenha um papel crucial, tornando as imagens acessíveis para pessoas com deficiência visual. As fotografias ganham vida como instrumentos de exploração, reflexão e interação, conectando-se com o ambiente científico e ampliando as experiências sensoriais e emocionais, desafiando as convenções tradicionais.

As imagens capturadas pelos estudantes foram compartilhadas pelos professores, passando por uma curadoria fotográfica para compor a exposição “Fazendo Arte na Sabina”. Agora disponível para apreciação, a exposição apresenta as imagens selecionadas em formatos impressos e táteis (3D). Além disso, conta com recursos de descrição para serem lidos por meio de óculos inteligentes, proporcionando uma experiência enriquecedora para os estudantes com deficiência visual e baixa visão, promovendo a inclusão e o acesso à arte e à ciência para todos.